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Travel Journal - NL->PT Parte IV - A chegada ao Algarve

  • Foto do escritor: Alexandra Calado
    Alexandra Calado
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

A segunda-feira amanheceu bonita como o crepúsculo. O sol ia abrindo caminho por entre os carvalhos e montanhas ao longe. O fresco da manhã foi como uma lufada de ar fresco para os nossos pulmões. Partimos cedo para evitar conduzir nas horas de maior calor. Um rebanho de ovelhas ladeava a estrada que percorremos ao sair da cabana, o nosso cão pastoreiro observou lentamente estes seres e despediu-se olhando para trás em forma de despedida. A auto estrada esperava-nos ainda a alguns quilómetros, até lá chegar as estradas sinuosas formavam "s" intermináveis por entre montanhas repletas de oliveiras e vales enquanto o laranja pintava o pico das montanhas.

Despedida de Espanha
Despedida de Espanha

Mal se viu uma alma viva a não ser um ciclista e um senhor que julgo ser habitante da aldeia próxima a fazer uma  caminhada matinal. Abri a janela e deixei o ar entrar. 500km separavam estas montanhas e o meu mar.  O dia começara bem mas o melhor ainda estava por vir.


Ainda assim, por entre 35°C não escapamos ao calor, nem a um acidente quando nos faltava pouco mais de 200km para a nossa chegada. O que julgámos ser um acidente, na verdade, como viemos a a descobrir, através das notícias, teria sido gado que invadiu a auto-estrada e teve que ser retirado pelas autoridades competentes. Isto explicaria porque estivemos retirados duas horas no mesmo local.


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Acidente na auto-estrada a caminho de Sevilha


Mas esta é a magia da aventura e dos seus imprevistos.


Pela rota da prata seguimos do norte de Espanha até fazermos uma última paragem perto de Sevilha, finalizando a nossa assim a nossa passagem em Espanha com esta última paragem. A seguir só nos restava o destino final,  o Algarve esperava-nos 2418km depois. Pelas 16h atravessaríamos a ponte sob o Rio Guadiana, e por cima das nossas cabeças morava a placa tão desejada com as palavras: Algarve.


Chegada ao Algarve, Portugal
Chegada ao Algarve, Portugal

Como três atletas desgastados de uma viagem mais longa do que o previsto atravessámos a meta com o termómetro a bater os 31°C. Orgulhosamente percorremos as montanhas e por entre oliveiras, alfarrobeiras e laranjeiras percorremos o caminho até ao nosso alojamento das próximas duas semanas. Esta era a nossa cara de felicidade ao chegar ao Algarve, eu e o Blue registamos a nossa primeira selfie em Portugal.


Primeira Selfie no Algarve, Portugal
Primeira Selfie no Algarve, Portugal

Uma casa algarvia situada numa quinta no coração do Algarve, pintada de branco, os muros condiziam com a cor e as pedras decoravam o topo, a gravilha abria caminho para o estacionamento. Na entrada moravam todo o tipo de plantas e canteiros bem tratados. Num dos lados um muro verde tapava a vista.


Chegada ao Algarve, Portugal
Chegada ao Algarve, Portugal

Ao aproximarmo-nos da entrada, damos de caras com os azulejos típicos da região no lado exterior das janelas em tons de amarelo, azul e verde, cores que encontrámos também na cozinha. No exterior um pátio com mesas cobertas por um telhado de madeira davam as boas vindas à entrada. À esquerda um barbecue com uma chaminé algarvia determinam o limite da casa. A entrada desta tinha uma moldura de pedra a condizer com o chão do exterior e dos pequenos conjuntos de pedras que formavam um banco junto à entrada. A porta de madeira abriu-se e revelou o tecto do interior da casa, impossível de passar despercebido com as suas vigas de madeira imponentes, brilhantes e bem tratadas, a conduzir com o castanho em azulejo do chão. A decoração em verde e as lâmpadas em forma de chaminé Algarvia completavam a decoração. A sala aberta ampliava o espaço. Móveis brancos jaziam em frente ao sofá e duas poltronas verdes com uma mesa destacavam-se em frente à cama. O fresco da casa recebeu-nos de braços abertos como forma de alívio ao calor exterior. Um arroz de pato abriu a primeira refeição portuguesa destas férias.


O nosso Blue fechou com o primeiro dia com uma das suas traquinices, a sua cara aquando a descoberta, diz tudo. Uma pinha seria na verdade, uma pista para o passeio da manhã do dia seguinte. O nosso patudo teria muito por onde escolher.


Blue trazendo uma Pinha para desfazer e brincar na cama
Blue trazendo uma Pinha para desfazer e brincar na cama
Agora estava na altura de absorver as emoções, descansar e viver o melhor da vida num sítio muito especial, sendo nada mais do que super felizes, a caminho das próximas aventuras.
Vamos a isso! O Algarve chama-nos e estamos prontos!
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Sobre mim

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Apaixonada pelo mundo, pela vida, poesia e fotografia.

 

Autora dos livros de poesia:

Jardim da Minha Alma publicado pela PoesiaFãClube e Rota das Andorinhas.

 

© 2023 por Alexandra Calado. 

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